📚 A mortalidade infantil indica as condições de vida de uma população e permite a analisar a eficácia das políticas públicas de saúde. Pensando nisso, preparamos uma excelente Atividade de Ciências para o 7º e 8º ano que estimula essa reflexão. O material é baseado na BNCC e tem um texto de apoio que permite compreender esse assunto de forma prática e objetiva. Conheça, baixe e aplique em sala de aula!
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CONDIÇÕES DE SAÚDE

Para avaliar as condições de saúde de uma população, utilizam-se variáveis chamadas indicadores. Entre esses indicadores estão fatores socioeconômicos, demográficos, de saneamento básico, além de dados sobre morbidade e mortalidade.
Mortalidade
O indicador de mortalidade quantifica o número de óbitos em uma população, em um recorte de tempo. Esse indicador pode ser subdividido em diferentes categorias, como mortalidade materna, neonatal, hospitalar e infantil.
Mortalidade infantil
A mortalidade infantil corresponde ao número de óbitos de crianças menores de um ano de idade, para cada mil nascidos vivos em uma população. Entre as principais causas estão as afecções originadas no período perinatal, malformações congênitas, doenças infecciosas e parasitárias, doenças do aparelho respiratório e causas externas. Taxas elevadas desse indicador refletem condições precárias de saúde e de vida, impactando diretamente o desenvolvimento socioeconômico.
Dados do Boletim Epidemiológico (2021), mostram que o declínio na taxa de mortalidade infantil está associado à melhoria dos serviços de atenção primária à saúde, como maior acesso ao pré-natal, incentivo ao aleitamento materno, ampliação da cobertura vacinal e acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil no primeiro ano de vida. Além disso, fatores como a melhor distribuição de renda, a elevação da escolaridade materna, melhorias nas condições de moradia e na alimentação também contribuem para reduzir a mortalidade infantil.
Cálculo de taxa
Para calcular a taxa de mortalidade infantil, é utilizada a relação do número de óbitos de crianças com menos de 1 ano sobre o número de nascidos vivos multiplicado por mil. Veja a seguir:
Número de óbitos de crianças com menos de 1 ano de vida/Número de nascidos vivos x 1.000.
Exemplo:
Se em uma região nasceram 900 crianças em um ano e, nesse mesmo período, ocorreram 30 óbitos de menores de um ano, a taxa será de 33%. Isso significa que, a cada mil nascimentos, 33 crianças não sobrevivem ao primeiro ano de vida. Para saber quantos bebês nascem e quantos infelizmente morrem antes de completar um ano, o Ministério da Saúde usa dois sistemas: um que registra os nascimentos, o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sisnac) e outro que registra os óbitos, o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM).
Entretanto, em algumas regiões do Brasil, como no Nordeste e no Norte, nem todos os nascimentos e mortes são registrados. Para corrigir isso, o Ministério da Saúde, junto com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), fez uma pesquisa chamada Busca Ativa. Essa pesquisa, realizada em 2009 com dados de 2008, ajudou a encontrar informações que não tinham sido registradas, para que os números ficassem mais próximos da realidade.
Refletindo
Analisar a taxa de mortalidade infantil é fundamental para orientar a criação de políticas públicas voltadas a crianças e mães, contribuindo para a melhoria dos indicadores de saúde da população.
Larissa Fonteles. É bióloga formada pelo IFCE e criadora de conteúdo do Tudo Sala de Aula. Referência textual:
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/edicoes/2021/boletim_epidemiologico_svs_37_v2.pdf
📚 Atividades
1. Conceitue mortalidade infantil.
2. Abaixo, identifique as principais causas de mortalidade infantil.

3. Observe o gráfico abaixo com atenção.

Sobre o gráfico, pode-se afirmar que
a) a taxa de mortalidade infantil caiu de 203 para 14 em um período de 57 anos.
b) entre 2005 e 2012, a mortalidade infantil aumentou em 9 casos.
c) o número de óbitos infantis aumentou de 203 para 148 em 10 anos.
d) a queda da mortalidade infantil ocorreu devido à redução das políticas públicas no país.
4. Relacione a função ao órgão responsável.
(1) SIM
(2) SISNAC
( ) Registra os nascimentos que ocorrem no país
( ) Registra informações sobre os óbitos de crianças com menos de um ano de vida
5. Abaixo, analise com atenção a charge e o gráfico.
Texto I

Fonte: http://robsonpiresxerife.com/
Texto II

Dados disponíveis em Index Mundi. Fonte: CIA World Factbook, 2020.
Com base na charge e nas informações apresentadas no gráfico, pode-se concluir que
a) o Brasil apresenta uma taxa de mortalidade infantil elevada, maior do que a de Gaza.
b) o cartunista tem a intenção de mostrar que a qualidade de vida no Brasil é baixa, mesmo comparada a uma região em conflito como Gaza.
c) a charge ironiza a ideia equivocada de que a mortalidade infantil em Gaza seria maior que a do Brasil, sendo que, na verdade, é o contrário.
d) a charge faz um comentário irônico sobre os conflitos religiosos em Gaza, sugerindo erroneamente que mais pessoas morrem lá do que no Brasil.
6. Abaixo, assinale fatores responsáveis pela queda da mortalidade infantil.
( ) A criação de um Sistema Únicos de Saúde (SUS) com foco na atenção primária de saúde;
( ) Redução no atendimento materno e ao recém-nascido e esforços para prestar assistência às saúde no nível comunitário;
( ) Melhoria das condições sanitárias;
( ) Aumento do conhecimento das mães;
( ) Promoção do aleitamento materno;
( ) Diminuição da imunização e iniciativas de proteção social.
7. Se em um determinado local houve 40 óbitos antes do primeiro ano de vida, e nasceram no período de um ano 800 crianças, qual a taxa de mortalidade infantil?

8. Qual a importância de ter dados sobre a mortalidade infantil?
9. Como o registro incompleto de nascimentos e óbitos pode afetar os dados?
10. Um indicador que reflete na redução taxa de mortalidade infantil é
a) diminuição da cobertura vacinal.
b) menor acesso ao pré-natal e acompanhamento infantil.
c) desestímulo ao aleitamento materno.
d) baixa taxa de fecundidade.
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Planejamento para o professor
Objeto do conhecimento: Saúde Pública.
Objetivo da Aula: Compreender a importância dos indicadores de saúde no planejamento de políticas públicas.
Habilidade da BNCC: (EF07CI09) Interpretar as condições de saúde da comunidade, cidade ou estado, com base na análise e comparação de indicadores de saúde (como taxa de mortalidade infantil, cobertura de saneamento básico e incidência de doenças de veiculação hídrica, atmosférica entre outras) e dos resultados de políticas públicas destinadas à saúde.
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Por Larissa Fonteles
Licenciada em Ciências Biológicas, especialista em Meio Ambiente e em Biologia Celular e Molecular.
O conteúdo foi revisado e certificado pela equipe de Redação do Tudo Sala de Aula.