📚 Conheça esta excelente Atividade de história sobre a guerra de Israel e Irã para os anos finais. Os alunos compreenderão as origens, os interesses envolvidos e as consequências desse embate, promovendo o pensamento crítico e a análise de temas contemporâneos relacionados aos impactos globais dessa guerra. Baixe e aplique este material preparado pelo time Tudo Sala de Aula!
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TENSÕES GERADAS PELO CONFLITO NÃO SÃO UMA NOVIDADE
Os últimos anos têm sido marcados por vários conflitos armados entre diversos países. Muitos desses, como o caso de Israel e Irã, são resultado de uma série de questões, desentendimentos e conflitos de interesses que já se desenrolam por anos. Enquanto o Irã era governado pelos Xás (semelhantes a monarcas), alinhados aos interesses dos EUA, possuíam relações de parceria comerciais ativas com Israel. Porém, no final da década de 1970, com a Revolução Islâmica, suas estruturas políticas e sociais foram profundamente modificadas.
No contexto da Guerra Fria, em 1953, o Irã era governado pelo Xá Mohammad Pahlavi e pelo primeiro-ministro Mohammad Mossadegh. Os EUA ficaram descontentes com o primeiro-ministro, quando ele prometeu nacionalizar o petróleo do país o que podia atrapalhar a compra do produto. Dessa forma, os EUA passaram a interferir na política do Irã, financiando protestos contra o primeiro-ministro iraniano. Em 1953, Mossadegh foi preso, e em seu lugar assumiu o general Fazlollah Zahedi, aliado dos EUA. A CIA apoiou o governo com uma quantia de aproximadamente 5 milhões de dólares, e passou a cada vez mais interferir no governo do Xá Pahlavi.
IRANIANOS CONTRA A INTERFERÊNCIA DOS EUA
Os iranianos eram contra as transformações e a interferência dos EUA em sua economia e sociedade. Assim no final da década de 1970, milhares de iranianos foram às ruas contra o regime do Xá Pahlavi. Em 1979, o Xá e sua família foram exilados, um referendo foi realizado e 99% dos eleitores escolheram a formação de uma República Islâmica.
O novo governo, o Regime dos Aiatolás, é marcado pela forte ligação entre a política e a religião islã. Famoso por suas posturas duras, principalmente contra as mulheres e minorias, chega até mesmo a ter uma chamada polícia moral, responsável por fiscalizar, prender, punir pessoas que tenham praticado atos contra as ideias e leis defendidas pelo governo.
Além dessas questões o Irã dos Aiatolás não reconhece Israel como um Estado e chega a chama-lo de “Pequeno Satã”, os Estados Unidos é chamado de “Grande Satã”. A relação entre esses países ganha uma dimensão muito maior do que divergências de valores, moral, religião e regras sociais. O Irã tem grande desejo de se firmar como potência, principalmente no que se refere ao programa nuclear, essa ideia preocupa seus vizinhos e vários outros países do mundo.
O Irã não esconde sua posição sobre Israel, chegando até mesmo a financiar grupos armados como o Hezbollah, Hamas, inimigos declarados do país vizinho. Israel considera o Irã um inimigo iminente e por isso a relação entre esses países sempre foi marcada por ações e assassinatos principalmente em relação ao Programa Nuclear Iraniano e seus líderes militares.
Em 3 de junho de 2024, Saeed Abiyar, conselheiro militar do Irã, morre em ataque aéreo israelense na cidade de Aleppo na Síria, em resposta, no dia 13 de junho de 2024, o Irã lança mais de 300 drones e mísseis contra Israel. Em outubro de 2024, Israel lançou três ondas de ataques no intuito de neutralizar a defesa aérea iraniana. Acredita-se que nesse conflito houve também casos de ataques hackers e espionagem.
JUNHO DE 2025: O INICIO DO CONFLITO DIRETO
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o líder supremo do Irã, Ali Khamenei Imagem: Defesa dos EUA e governo do Irã/Divulgação
No dia 13 de junho de 2025, sob a justificativa de impedir que o Irã desenvolvesse armas nucleares, o governo israelense lançou uma ofensiva ao centro do programa nuclear do país e aos seus altos líderes militares. Como resposta, o Irã lançou mísseis contra Tel Aviv, Jerusalém, Haifa e Beersheba. Apesar de muitos especialistas afirmarem que a estrutura atômica do Irã foi afetada, eles também concordam que seja tão fácil desmanchar o programa nuclear iraniano.
Israel afirma que se o Irã não for detido, poderá possuir tecnologia para fabricar armas nucleares em pouco tempo. O governo iraniano, porém, nega. Segundo eles, o enriquecimento de urânio seria para o desenvolvimento de áreas como energia, medicina e agricultura, ou seja, fins pacíficos. Apesar das críticas ao programa nuclear iraniano, Israel não nega nem assume possuir armas nucleares.
As dúvidas acerca da inexistência de armas nucleares em Israel aumentam ainda mais pelo fato de que o governo israelense é um dos poucos que não assinaram o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP), que está em vigor desde 1970. Esse tratado reúne 190 países. Por mais que esse seja um assunto mantido em segredo pelos israelenses, de acordo com a Campanha Internacional para a Abolição de Armas Nucleares: “Estima-se que Israel possua cerca de 90 armas nucleares”.
O MUNDO “DE OLHO” NO CONFLITO
Além do receio sobre as consequências entre o embate entre esses dois países, a possível entrada de outras potências mundiais causa um temor ainda maior no mundo inteiro. Há vários anos, EUA tenta frear o projeto nuclear do Irã, porém esse projeto não obteve o êxito desejado. A entrada dos estadunidenses na guerra ao lado de Israel é vista por vários especialistas como uma forma de atacar e destruir de vez o regime dos Aiatolás e sua pretensão nuclear. Vários aviões e outros equipamentos dos Estados Unidos estão sendo movimentados para o Oriente Médio, mostrando que a entrada no conflito é uma possibilidade real. Porém, a entrada dos EUA daria uma expansão mundial ao conflito, com enormes consequências e uma destruição inimaginável. No dia 21 de junho de 2025, os Estados Unidos confirmam sua entrada no conflito, através de um ataque aéreo.
Outros países também já se mobilizam em relação ao conflito, China apoia o direito de defesa do Irã, o Brasil critica ataques de Israel, Rússia condena as ações israelenses e se dispôs também a mediar para evitar tensões (mesmo estando em uma guerra com a Ucrânia). O G7 (Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos) defende o direito de defesa de Israel, porém o Japão evitou falar em “direito de Israel de se defender”, se distanciando do pronunciamento do grupo. Vários países como Reino Unido, Suíça, Austrália, Portugal, Bulgária, República Tcheca e Nova Zelândia fecharam temporariamente missões diplomáticas no Irã.
Referência textual (Adaptado por Cassia Alves, Tudo Sala de Aula:
https://noticias.uol.com.br / https://www.cnnbrasil.com.br / https://g1.globo.com / https://veja.abril.com.br / https://www.gazetadopovo.com.br / https://www.bbc.com
📚 Atividades
1. Sobre Israel e Irã, é correto afirmar que
a) as tensões iniciaram no ano de 2025.
b) foram aliados antes da Revolução Islâmica Iraniana.
c) são países vizinhos, portanto, fazem fronteira.
d) ambos são inimigos declarados dos EUA
2. Por que os EUA decidiram interferir na politica do Irã na Década de 1950?
3. Sobre a Revolução Islâmica, assinale a alternativa INCORRETA.
a) Modificaram as estruturas políticas e sociais do Irã.
b) O Regime dos Xás foi substituído pelos dos Aiatolás.
c) Foi contida pelo exército dos Estados Unidos.
d) Com ela, os EUA passaram de aliados a inimigos.
4. Qual o motivo dos Iranianos proclamarem a revolução islâmica e qual a ligação com os EUA?
5. O Regime dos Aiatolás é marcado pela forte ligação entre a política e qual religião?
a) Catolicismo.
b) Islamismo.
c) Budismo.
d) Hinduísmo.
6. Qual é a função das polícias morais, como a do Irã?
7. Qual a justificativa de Israel para atacar o território iraniano em 13 de junho de 2025.
8. Como o governo iraniano justifica suas pesquisas com enriquecimento de urânio (matéria prima de armas atômicas)?
9. Observe as afirmações abaixo e assinale os motivos que os Estados Unidos têm para entrar no conflito Israel x Irã:
(11) É aliado histórico de Israel.
(23) É a favor do programa nuclear iraniano.
(36) Deseja o fim do Regime dos Aiatolás.
(41) Fornece armas para o Irã desde 1950.
A soma das opções corretas é:
a) 34
b) 59
c) 47
d) 52
10. Encontre as palavras do quadro no diagrama a seguir.
CONFLITOS – ISRAEL – IRANIANO – INTERESSES – PETRÓLEO – INTERFERÊNCIA – POLITICA – RELIGIÃO – ISLAMISMO – NUCLEAR – TECNOLOGIA – ORIENTE
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Planejamento para o professor
Objeto do conhecimento: Entendendo os conflitos de Israel e Irã.
Objetivo da Aula: Analisar os impactos geopolíticos, econômicos e sociais da guerra entre Israel e Irã, identificando os interesses estratégicos envolvidos e suas consequências para a ordem internacional contemporânea.
Habilidade da BNCC: EF09HI10: Identificar e relacionar as dinâmicas do capitalismo e suas crises, os grandes conflitos mundiais e os conflitos vivenciados na Europa (Oriente Médio).
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Por Cássia Alves
Licenciada em História e especialista em Gestão Escolar, com extensão em Formação Cidadã e Transversalidade.
O conteúdo foi revisado e certificado pela equipe de Redação do Tudo Sala de Aula.