O novo SAEB trouxe mudanças importantes nas habilidades cobradas, e é necessário estarmos atualizados para garantir uma aprendizagem com resultados de nossos alunos. Pensando nisso, o site Tudo Sala de Aula preparou uma atividade inédita de Língua Portuguesa para o 9º ano, com base nas novas habilidades do SAEB, utilizando um tema atual e polêmico no Brasil: o universo dos Bebês Reborn! 👶🧸 Essa proposta vai além da simples leitura — ela estimula a interpretação crítica, a análise de gêneros textuais e a reflexão sobre temas contemporâneos. Tudo isso com a qualidade que você já conhece!
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Leia o texto e responda às questões.
Como começou a polêmica dos bebês reborn que incendiou o debate público no Brasil
A polêmica do bebê reborn no Brasil irrompeu este mês de maio como uma centelha viral nas redes sociais, mas rapidamente se transformou em combustível para embates jurídicos, projetos legislativos e discussões sobre saúde mental. O que parecia uma excentricidade – adultos simulando a maternidade de bonecas hiper-realistas – revelou-se um espelho perturbador de questões sociais profundas.
O marco simbólico dessa controvérsia foi a viralização de vídeos em que mulheres levavam seus bebês reborn a consultas médicas, ocupavam assentos preferenciais em ônibus e tentavam atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS). As cenas, embora não confirmadas fora do contexto das redes sociais, provocaram indignação popular e pressão política imediata.
Em resposta, parlamentares apresentaram pelo menos três projetos de lei para proibir o atendimento preferencial, o acesso a benefícios sociais e até a criação de perfis oficiais de bebês reborn em plataformas públicas.
Mas o que consolidou o episódio como um divisor de águas foi um caso insólito ocorrido em Goiás: um casal entrou na Justiça pela “guarda” de uma boneca reborn. A peça, avaliada em mais de R$ 3 mil, possuía enxoval próprio, perfil nas redes sociais e gerava engajamento suficiente para render monetização.
A advogada responsável pelo caso, Suzana Ferreira, afirmou que a cliente buscava regulamentar o convívio com a “filha reborn”, dividindo direitos sobre o boneco com a ex-companheira. O caso ganhou repercussão nacional e serviu de base para parlamentares argumentarem a necessidade de legislação específica sobre o tema.
O debate extrapolou o campo jurídico e invadiu os consultórios. Especialistas em saúde mental como a psicóloga Melissa Tenório dos Santos apontaram que, em muitos casos, o apego aos bebês reborn pode funcionar como terapia simbólica, especialmente entre mulheres que enfrentaram perdas gestacionais ou traumas emocionais.
Entretanto, também se levantaram vozes críticas. O padre Chrystian Shankar, influente na Diocese de Divinópolis (MG), recusou-se a batizar reborns e classificou o comportamento como “caso de psiquiatria” — reacendendo debates sobre limites entre afeto simbólico, religião e patologização do diferente.
A explosão midiática em torno do tema é também sintomática de um cenário mais amplo: a hiperexposição emocional promovida por redes como TikTok e Instagram. Os vídeos de “mães reborn” angariam milhares de seguidores, likes e até monetização. Em resposta, políticos surfam na indignação popular para capitalizar a visibilidade, como mostram os projetos de lei em tramitação.
Trata-se, no fundo, de uma disputa simbólica sobre o que é “real” e o que é “exagero”. Quem define o limite entre uma prática terapêutica e um comportamento digno de sanção? A resposta, por ora, parece depender mais das emoções do que de qualquer parâmetro legal ou técnico.
A polêmica dos bebês reborn revela muito mais sobre o Brasil de 2025 do que sobre as bonecas em si. Expõe fissuras sociais, precariedade emocional, ausência de políticas públicas voltadas à saúde mental e uma profunda necessidade de pertencimento — mesmo que projetada sobre um boneco de silicone.
É o tipo de controvérsia que, à primeira vista, parece cômica ou absurda, mas que, ao ser dissecada, revela um país em busca de consolo, controle e sentido. E talvez seja essa a função oculta das reborns: preencher vazios deixados por ausências muito reais.
Definitivamente, como dizia Tom Jobim, o Brasil não é para amadores.
Esmael Morais – Jornalista e Advogado. Especialista em política nacional e bastidores do poder. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
Fonte:
https://www.esmaelmorais.com.br/polemica-bebe-reborn
📝 Atividades
1. (H10) O tema principal do texto em estudo é a
a) comercialização de bonecas hiper-realistas no mercado brasileiro.
b) influência das redes sociais na valorização de brinquedos infantis.
c) produção de bonecas reborn no Brasil e sua importância econômica.
d) repercussão social e política do uso de bebês reborn por adultos.
2. (H4) Nesse texto, a tese principal defendida pelo autor é que
a) esse fenômeno expõe questões emocionais e sociais do Brasil atual.
b) o uso de reborns é um modismo com impacto apenas no mundo virtual.
c) o uso de bonecas reborn é usado apenas para crescer perfis de redes socials.
d) as bonecas reborn devem ser banidas da sociedade brasileira.
3. (H9) No trecho: “Definitivamente, como dizia Tom Jobim, o Brasil não é para amadores.” o autor tem a intenção de provocar um efeito de sentido através de
a) um dado estatístico que comprova o aumento do número de usuários de bebês reborn.
b) um argumento para defender o uso de bonecas reborn como prática terapêutica.
c) um tom irônico que critica a complexidade e imprevisibilidade dos acontecimentos sociais.
d) uma paráfrase da opinião de políticos que se opõem ao uso dos bebês reborn.
4. (H4 / H11) Há uma opinião em:
a) “Em resposta, parlamentares apresentaram pelo menos três projetos de lei para proibir o atendimento preferencial…”
b) “A polêmica dos bebês reborn revela muito mais sobre o Brasil de 2025 do que sobre as bonecas em si.”
c) “O caso ganhou repercussão nacional e serviu de base para parlamentares argumentarem a necessidade de legislação…”
d) “As cenas, embora não confirmadas fora do contexto das redes sociais, provocaram indignação popular…”
5. (H19) Em: “A polêmica do bebê reborn no Brasil irrompeu este mês de maio como uma centelha viral nas redes sociais…”, o trecho destacado utiliza uma figura de linguagem como estratégia argumentativa denominada
a) metáfora.
b) hipérbole.
c) personificação.
d) comparação.
6. (H21) Em: “…revelou-se um espelho perturbador…” (1º parágrafo), o pronome destacado faz referência
a) ao uso do bebê reborn.
b) às questões sociais.
c) aos embates jurídicos.
d) à saúde mental.
7. (H9) No último parágrafo do texto, o fragmento: “o Brasil não é para amadores.” é um exemplo de
a) citação.
b) paráfrase.
c) eufemismo.
d) intertextualidade.
8. (H10) Pode-se inferir no texto que
a) o apego às bonecas reborn é uma prática terapêutica e recomendada por profissionais da saúde.
b) o fenômeno dos bebês reborn pode estar relacionado a necessidades emocionais da sociedade.
c) todas as pessoas que possuem bebês reborn têm algum tipo de transtorno psicológico diagnosticado.
d) o uso das bonecas reborn é uma moda passageira sem qualquer vínculo com questões emocionais.
9. (H23) A linguagem predominante do texto é
a) regional, com foco em crítica social.
b) popular, com expressões informais.
c) culta, com marcas de oralidade.
d) técnica, com vocabulário jurídico.
10. (H15) Em: “Entretanto, também se levantaram vozes críticas.”, o emprego da conjunção em destaque foi empregado pelo autor visando introduzir uma
a) explicação.
b) comparação.
c) contrariedade.
d) justificativa.
11. (H20) No texto, a maioria dos verbos empregados está no modo indicativo, especialmente nos tempos passado e presente do indicativo. Esse tipo de emprego verbal no texto serve para destacar
a) a incerteza e a possibilidade dos fatos apresentados.
b) a objetividade e a certeza sobre os acontecimentos relatados.
c) a sugestão de hipóteses e condições futuras trazidas pelo autor.
d) a vontade ou desejo do autor sobre os eventos anunciados.
12. Para ampliar seu vocabulário linguístico, localize no texto uma palavra que significa
a) comportamento incomum: ___________________
b) conjunto de roupas e acessórios: _____________
c) discussão polêmica: _________________________
d) algo aprovado: _____________________________
e) diagnóstico doentio: _________________________
f) conjunto de leis: _____________________________
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Planejamento para o professor
Objeto do conhecimento: Interpretação e compreensão de texto.
Objetivo da Aula: (Habilidades descritas em cada questão)
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Por Maurício Araújo
Licenciado em Língua Portuguesa, com especialização em Marketing Digital e em Gramática de Revisão Textual.
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