Português 8º e 9º ano

Narrativa Policial: Atividade Teórica e Prática para o 8º e 9º ano

📕 Atividade de Língua Portuguesa sobre o gênero Narrativa Policial, desenvolvendo interpretação, análise de enredo, personagens, suspense e compreensão dos elementos do gênero.

Leitura: 13 Minutos

📚 Olá, professores! Apresentamos uma excelente Atividade de Língua Portuguesa Teórica e Prática sobre Narrativa Policial para o 8º e 9º ano. O material é organizado com o estudo sobre o gênero e os exercícios. Trabalhando a construção de narrativas policiais para desenvolver análise textual, criatividade e habilidades interpretativas. Baixe agora e proporcione aos alunos uma experiência completa de leitura e escrita!

Narrativa policial

Narrativa policial

A narrativa policial é um gênero literário que nos coloca no centro de um crime, desafiando-nos a desvendar a verdade junto com o protagonista. É uma jornada intelectual e emocional que explora a fragilidade da ordem social e a complexidade da natureza humana.

Características Principais

O gênero se estrutura em torno de um enigma ou mistério a ser solucionado. Esse mistério, geralmente um crime, é o ponto de partida que desencadeia toda a trama. A narrativa se desenvolve através da busca por pistas, do interrogatório de suspeitos e da análise de motivos. O elemento central é o suspense, que mantém o leitor em constante tensão, antecipando a próxima reviravolta ou revelação. Esse suspense não reside apenas na pergunta “quem é o assassino?”, mas também em “por que ele fez isso?” e “como o detetive vai pegá-lo?”.

Personagens e Enredo

Os personagens são arquétipos fundamentais para a narrativa. O detetive é o protagonista, um indivíduo perspicaz e, muitas vezes, com um passado complexo, que serve como nosso guia na investigação. Ele pode ser um profissional da lei, como um policial, ou um amador excêntrico. O criminoso é o antagonista, cuja mente e ações são o foco da investigação. Outros personagens incluem a vítima, os suspeitos e as testemunhas, cada um com suas próprias motivações e segredos.

O enredo é construído como um quebra-cabeça. A estrutura mais comum é a linear, com a apresentação do crime, a investigação e a resolução. No entanto, o gênero permite narrativas mais complexas, com flashbacks, múltiplos pontos de vista e uma cronologia não-linear, adicionando camadas de mistério e complexidade. A resolução do mistério, no clímax, é o momento de catarse em que todas as peças se encaixam, revelando a verdade e restaurando, de certa forma, a ordem.

Tipos de Narrador e Linguagem

A escolha do narrador é crucial para a experiência de leitura. O narrador em terceira pessoa (onisciente) permite uma visão ampla dos eventos, da mente dos personagens e dos detalhes da investigação. No entanto, o narrador em primeira pessoa, geralmente o próprio detetive, nos imerge completamente na investigação, permitindo-nos vivenciar suas descobertas e frustrações em tempo real. Essa escolha limita nosso conhecimento ao que o protagonista sabe, aumentando o mistério e a identificação com o personagem.

A linguagem do gênero policial é muitas vezes direta e funcional, focada em descrever fatos, evidências e diálogos incisivos. Mas também pode ser rica em descrições de ambientes sombrios e em monólogos internos que revelam a angústia dos personagens. Em gêneros como o noir, a linguagem é mais pessimista e cínica, refletindo a desilusão e a ambiguidade moral dos personagens e da sociedade. O vocabulário técnico da investigação (forense, legal) contribui para o realismo da narrativa, enquanto a linguagem metafórica e simbólica pode aprofundar a atmosfera de mistério e perigo.

A narrativa policial, portanto, é mais do que a busca por um criminoso; é uma exploração das complexidades da justiça, da moralidade e da condição humana. É um jogo entre autor e leitor, onde a mente perspicaz do protagonista desvenda segredos e nos conduz à solução.

Texto de Égila Ribeiro / Tudo Sala de Aula

1. De acordo com o texto, qual é o elemento central que desencadeia a trama em uma narrativa policial?


2. O texto descreve a linguagem do gênero policial como, muitas vezes, direta e funcional. No entanto, em qual subgênero a linguagem tende a ser mais pessimista e cínica?
a) Suspense psicológico.
b) True crime.
c) Romance histórico.
d) Noir.

3. O que o texto aponta como a principal função da estrutura de quebra-cabeça do enredo em uma narrativa policial?


4. Considerando a sua própria experiência com narrativas policiais, qual você acha que é o papel mais importante do suspense: criar tensão ou guiar o leitor na descoberta da verdade? Justifique.


5. A escolha do tipo de narrador – primeira ou terceira pessoa – afeta profundamente a experiencia de leitura de uma história policial. Explique, em sua percepção, como cada tipo de narrador pode influenciar o nível de mistério e a empatia do leitor pelo protagonista.


6. Qual das seguintes opções não é mencionada como uma personagem fundamental em uma narrativa policial?
a) O detetive, que é o guia na investigação.
b) A vítima, que serve como ponto de partida.
c) O jornalista, que cobre os eventos do crime.
d) O criminoso, cujo cérebro e ações são o foco.

Leia o texto abaixo, de Fred Ribarch, para resolver as questões 7 a 14.

O Silêncio da Madrugada

             A cidade dormia sob o véu espesso da madrugada quando o crime aconteceu.
            Eram 3h13 da manhã quando os sensores da câmera de segurança da rua Álvaro Pinheiro registraram a movimentação. Um homem de estatura mediana, vestindo um casaco escuro e boné, caminhava com pressa, carregando algo envolto em um lençol branco. Na esquina da rua 8, parou por alguns segundos, olhou ao redor, e desapareceu pela lateral do antigo prédio do sindicato, abandonado há anos.
            Pouco depois, um vizinho acordou com o latido insistente de seu cachorro. Foi ele quem viu, pela janela do segundo andar, a movimentação estranha. Ao perceber o vulto fugindo, acionou a polícia.
          A investigação revelou sinais de arrombamento na casa número 146 da mesma rua. A porta dos fundos havia sido forçada com uma alavanca, e no interior, a cena era perturbadora: sinais de luta, móveis revirados e, no chão da sala, o corpo sem vida de Cláudio Mendonça, 58 anos, um aposentado conhecido na vizinhança por sua rotina pacata.
         A perícia constatou que a morte ocorreu por asfixia, provavelmente com o mesmo lençol em que o criminoso envolveu o corpo antes de fugir. Não havia sinais de roubo, o que afastava a hipótese de latrocínio. O celular da vítima foi levado, mas a carteira, o dinheiro e joias estavam intactos.
        Dois dias depois, com base nas imagens das câmeras, a polícia prendeu Vinícius Azevedo, 23 anos, ex-funcionário da vítima, demitido meses antes após uma discussão violenta. Durante o interrogatório, ele confessou o crime. Alegou ter perdido tudo após a demissão e culpava Cláudio por sua ruína. Entrou na casa decidido a enfrentá-lo, mas a discussão saiu do controle.

      O crime chocou a vizinhança e expôs o quanto mágoas não resolvidas podem evoluir em silêncio — até se tornarem tragédia.

https://www.recantodasletras.com.br/contospoliciais/8398985

7. O texto “O Silêncio da Madrugada” se enquadra em qual subgênero da narrativa policial?
a) Suspense, pois a tensão é construída pela incerteza sobre o próximo passo do criminoso.
b) Enigma, pois o foco principal é na descoberta de quem é o autor do crime.
c) Policial clássico, focado na investigação metódica de um crime.
d) Noir, pois a história explora a complexidade moral dos personagens.

8. Identifique e descreva a presença dos três elementos da narrativa policial listados abaixo.
a) Enigma:


b) Criminoso:


c) Pistas/evidências:


d) Cena do crime:


9. Em: “Eram 3h13 da manhã quando os sensores da câmera”, o termo destacado introduz ideia de
a) concessão.
b) consequência.
c) intensidade.
d) tempo.

10. Segundo o texto, qual é a principal característica que afasta a hipótese de latrocínio?


11. No trecho: “um aposentado conhecido na vizinhança por sua rotina pacata”, a palavra destacada pode ser substituída, sem alteração de sentido, por
a) agitada.
b) tranquila.
c) complicada.
d) instável.

12. O texto afirma que Cláudio Mendonça, a vítima, era um aposentado de “rotina pacata”. Qual o contraste que essa informação cria com os acontecimentos da história?


13. No trecho: “O celular da vítima foi levado, mas a carteira, o dinheiro e joias estavam intactos”, a conjunção em destaque estabelece com a oração anterior uma relação de
a) oposição.
b) explicação.
c) adição.
d) alternância.

14. A confissão de Vinícius Azevedo revela que ele agiu por vingança. Qual foi o motivo exato de sua raiva contra a vítima?


15. De 0 a 10, qual é o seu nível de interesse por narrativas policiais, seja em livros ou filmes? Justifique.



Gabarito

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